domingo, 18 de agosto de 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Você não vem. Não chega.

Dentre as coisas que mais aprecio olhar, a fumaça do cigarro é uma delas. Na falta do cigarro em outras mãos, coloco-o nas minhas. E me sento na cama que agora fica ao lado da janela. E ali o fumo. E ali penso nele. E ali penso neles. E ali resolvo colocar em palavras o que já nem sinto mais. Ou ainda não sinto. Me prendo à maneira de escrever daquela que gosto de ler. Cheia de ponto finais. E sem ponto final nenhum.
Um chá. Uma cerveja. Outra cerveja. Um filme. Parece uma ótima ideia. A chuva, que também parece uma ótima ideia, cai nos créditos do filme que nem começou. E, assim, desanimamos-nos. Mas ainda espero que o interfone toque. Ou o celular. Fumando mil cigarros. Bebendo Coca-Cola. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Duas vezes Luiza


Os motivos dos meus maiores desequilíbrios, tanto antes quanto agora, possuem o mesmo nome. Não o mesmo sobrenome, mas sim o mesmo nome. Com as Gabrielas eu nunca me importei. Tampouco com as Carolinas. O meu problema foi e continua sendo com as Luizas. Essas para quem até Chico compôs uma canção. Essas versões femininas do meu pai. Essas moças tão mais intensas e amáveis do que eu. Essas que, se antes foram odiadas, hoje são amadas por mim.
Minha primeira Luiza foi uma louca. Foi uma atrevida. Foi um sorriso provocante. Virou meu assunto principal e me secou de tanto choro que causou. Minha primeira Luiza me deu medo. Me deu raiva. Me tirou a fome. Minha primeira Luiza sabe como agradar um homem e desagradar uma mulher. Ela, quando ama, ama demais. Ela, quando odeia, odeia demais. Ela, quando perto de mim, me enlouquecia demais. Minha primeira Luiza me ensinou a arte da paciência e do desapego. Me ensinou a abraçar o desconhecido. Me ensinou a morrer e a ressuscitar. Minha segunda Luiza é um pouco mais ausente, é um pouco mais discreta, é um pouco mais elegante. Minha segunda Luiza pensa, equivocadamente, que se parece comigo. Pensa que ele não me gosta. Pensa que sou triste. É um mistério que eu desvendei sem muita vontade. Minha segunda Luiza não me proporcionou tantas noites ruins. Não me maltratou tanto. Não me atormentou tanto. Mas me foi como uma overdose de realidade. Minha segunda Luiza é um sinônimo de verdade. É a razão pela qual eu deixei de chorar. É a razão pela qual eu deixei de acreditar. Vive às escondidas e assim continuará, pois me ensinou também a guardar segredos e a preservar amizades.
As minhas duas Luizas sumiram de vista, mas deixaram significativas recordações. Uma das minhas Luizas me causou tanto dano, que hoje a amo. A outra me causou tanta desilusão, que hoje também a amo. As minhas Luizas me surpreenderam tanto que acho até que um homem, para me ter, precisa antes ter uma Luiza. Se não... não me acrescenta em nada. Não me ensina nada. Não me ama nada.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Palavras da madrugada

- Faz tanto tempo que não escrevo nada...
- Eu também.
- A inspiração está aí, mas não sei muito bem o que fazer com ela.
- Exatamente! O Vanguart já lançou um disco novo e não escrevi nem um poeminha sobre o jardim.
- O sol já deu tchau pro Rio Grande do Sul e eu não esquento nem embaixo das cobertas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

15 palavras para dois

1. Indiferença
2. Simpatia
3. Semelhança
4. União
5. Paixão
6. Amor
7. Saudade
8. Ciúme
9. Obsessão
10. Descontrole
11. Afastamento
12. Tristeza
13. Fuga
14. Depressão
15. Apatia

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

- Como você está se sentindo?
- Como um mendigo que perdeu o papelão na chuva e não tem onde dormir essa noite.